Título:
um personagem no centro da página. não, ele está descentrado e faz parte de um coletivo. são todos invisíveis mas são um coletivo. esse personagem é feito de remendos e serifas, e cresceu em uma tipografia alemã do início do século XX. pensando bem, a tipografia era italiana e só imprimia rezas para os peregrinos da praça são pedro. o personagem nunca esteve na praça são pedro, era protestante e não reclamava de nada. ele só tinha um livro, uma coletânea de contos infantis, que fazia vez de travesseiro nas noites de inverno. aparece uma personagem e muda tudo, ela descobre como trocar as letras e fazer dos textos profanações. ela não sabia ler, mas inscrevia detalhes que faziam os padres gemerem durante a missa. o filho do personagem descentrado foi ateu e quase inventou uma máquina de espantar sonhos com o maquinário da família, algo que poderia ter sido uma nova forma de psicologia.
Conto:
os historiadores divergem.
5.05.2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
ela não sabe ler, mas inscreve detalhes que faziam os padres gemerem durante a missa.'
esse texto teve alguma base?
beijos
(demorei a responder, mas é agora) Sim, esse texto teve uma base, a tão necessária falta de base (improviso) :]
Postar um comentário